A doença mais conhecida e mais comum na soja é a ferrugem asiática, mas existem algumas outras que tem gerado preocupação nas lavouras. É imprescindível que o agricultor tenha uma estratégia de manejo integrado, para evitar que as doenças adquiram resistência às tecnologias atuais de combate.
Para ajudar, a Birck separou as principais doenças para que você conheça mais:
Sintomas:
Pontos marrons nas folhas que com o tempo, começam a aparecer manchas amarelas ao redor. As manchas são pardas no lado superior da folha e rosada na parte debaixo, medindo entre 1 e 3mm. Quando a doença está na fase mais avançada, pode causar desfolhamento e maturação precoce.
Como se desenvolve:
São as sementes e os restos da cultura que carregam o fungo e sua instalação está associada ao clima quente e úmido. A dispersão acontece pela ação da chuva e do vento.
Como controlar:
O ideal é trabalhar com a rotação de culturas, além de melhorar o solo e incluir adubação potássica. Quando severa, se recomenda o controle com pulverização de fungicidas.
Sintomas:
O fungo ataca toda a planta. Nas folhas, aparecem pontos castanhos, resultando em uma queima superficial (crestamento) e desfolha prematura. Nas vagens, os sintomas são pontos vermelhos que mais tarde viram castanhos. Nas sementes, as manchas tem tons roxo-avermelhado.
Como se desenvolve:
O fungo está por todo o país, mas é mais intenso nas regiões quentes e úmidas, além de áreas mais altas dos cerrados. Ele se instala na lavoura através de sementes infectadas e sobrevivem nos restos culturais.
Como controlar:
O controle é feito através do uso de sementes livres da doença, tratamento com fungicidas com ação sistêmica e de contato nas sementes, além de aplicações de fungicidas dos grupos dos benzimidazóis, triazóis e estrobilurinas nas partes aéreas.
Sintomas:
As vagens ficam com cores entre o castanho e o preto, além de ficarem retorcidas. Pode causar a redução do número de vagens, manchas, quedas das vagens e deterioração das sementes, até perda total da produção.
Como se desenvolve:
Um dos principais problemas do cerrado, pois se desenvolve em locais com chuvas e calor. O uso de sementes com a doença e déficit nutricional contribui para a instalação do problema.
Como controlar:
O principal método é o uso de sementes saudáveis, tratar as sementes, fazer a rotação da cultura, manejar de forma adequada o solo (com foco na adubação potássica), entre outros.
Sintomas:
Pontos castanhos rodeados de tons amarelos, evoluindo para manchas entre castanho claro e castanho escuro, com até 2mm. Pode causar severa desfolha, manchas na haste e nas vagens.
Como se desenvolve:
O fungo se desenvolve nos restos de culturas e nas sementes infectadas, em quase todas as regiões de cultivo no país. Calor e umidade influenciam na instalação da doença.
Como controlar:
O aconselhado é utilização de cultivares resistentes, o tratamento das sementes e a rotação de culturas com milho e espécies gramíneas, além de fazer o controle através de fungicidas.
Sintomas:
Aparece em qualquer estágio da planta e os primeiros sintomas são pontos minúsculos mais escuros que a folha, com tons entre verde e cinza esverdeado, além de um relevo na parte inferior da folha.
Como se desenvolve:
A doença se espalha através do vento e se instala na planta quando a folha está úmida e com temperaturas entre 15°C e 28°C. Pode ocasionar perda no rendimento e qualidade dos grãos.
Como controlar:
O mais indicado é o controle químico, através dos fungicidas dos grupos dos triazóis e estrobilurinas. Também é importante semear cultivares mais precoces, além de fazer o monitoramento periódico para identificar a doença em estágio inicial.
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